quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Renascimento
Uma das principais características do Renascimento é o Humanismo, interpretado comumente como sinônimo de antropocentrismo ou valorização do ser humano. O verdadeiro sentido do humanismo renascentista, porém, era o estudo de Humanidades, isto é, da língua e literatura antigas. Humanistas foram Erasmo de Rotterdam (o :"Príncipe dos Humanistas", autor do "Elogio da Loucura"), Thomas More (autor de "Utopia") e o português Damião de Góis.
- Fatores do renascimento
O Renascimento Comercial e Urbano da Baixa Idade Média, que alterou os valores da época feudal e favoreceu um maior intercâmbio intelectual.
O mecenato , isto é, a proteção aos escritores e artistas, que muito estimulou o movimento renascentista. Os primeiros mecenas pertenciam à burguesia, mas houve também papas, reis e príncipes que praticaram o mecenato. A burguesia fazia-o como forma de investimento financeiro ou para adquirir status; os governantes, porém, tornavam-se mecenas com o objetivo de aumentar seu prestígio e, conseqüentemente, legitimar o novo poder que estavam implantando: o absolutismo.
A influência das civilizações bizantina e sarracena (árabe), que contribuíram para intensificar na Europa Ocidental o interesse pela cultura clássica.
A invenção da imprensa , que permitiu uma maior divulgação das novas idéias.
A própria transição do feudalismo para o capitalismo, da qual decorrem o Renascimento e as mudanças culturais.
Há uma estreita relação entre Renascimento Cultural e prosperidade econômica. Portanto, o berço do movimento renascentista somente poderia ser a Itália, onde se localizavam os principais centros mercantis e financeiros da Baixa Idade Média, conseqüentemente, lá haveria melhores condições para o mecenato. Quando, porém, a Expansão Marítima deslocou o eixo econômico europeu para o Atlântico, o Renascimento Italiano entrou em decadência, ao mesmo tempo em que florescia em Portugal, Espanha, França, Inglaterra e Holanda. Além do maior desenvolvimento econômico, outros fatores contribuíram para que a Renascença se iniciasse na Itália:
Interesse dos príncipes italianos em legitimar seu poder político, geralmente obtido através de usurpação.
Maior tradição clássica, representada pelos monumentos romanos e gregos (este últimos na antiga Magna Grécia, isto é, no Sul da Itália).
Maior influência bizantina, devido ao contato comercial direto com Constantinopla, cujos intelectuais emigraram em grande número para a Itália quando os turcos tomaram aquela cidade, em 1453.
São considerados pré-renascentistas os italianos
Dante Alighieri (1265 - 1321), autor da "Divina Comédia",
Giovanni Baccaccio (1313 - 1375), autor do "Decameron",
Francesco Petrarca (1304 - 1374), precursor dos humanistas do Renascimento e autor de "Sonetos"
Há uma estreita relação entre Renascimento Cultural e prosperidade econômica. Portanto, o berço do movimento renascentista somente poderia ser a Itália, onde se localizavam os principais centros mercantis e financeiros da Baixa Idade Média, conseqüentemente, lá haveria melhores condições para o mecenato. Quando, porém, a Expansão Marítima deslocou o eixo econômico europeu para o Atlântico, o Renascimento Italiano entrou em decadência, ao mesmo tempo em que florescia em Portugal, Espanha, França, Inglaterra e Holanda. Além do maior desenvolvimento econômico, outros fatores contribuíram para que a Renascença se iniciasse na Itália:
Interesse dos príncipes italianos em legitimar seu poder político, geralmente obtido através de usurpação.
Maior tradição clássica, representada pelos monumentos romanos e gregos (este últimos na antiga Magna Grécia, isto é, no Sul da Itália).
Maior influência bizantina, devido ao contato comercial direto com Constantinopla, cujos intelectuais emigraram em grande número para a Itália quando os turcos tomaram aquela cidade, em 1453.
São considerados pré-renascentistas os italianos
Dante Alighieri (1265 - 1321), autor da "Divina Comédia",
Giovanni Baccaccio (1313 - 1375), autor do "Decameron",
Francesco Petrarca (1304 - 1374), precursor dos humanistas do Renascimento e autor de "Sonetos"

-Principais Renascentitas
É muito grande o número de artistas, escritores e cientistas que se celebrizaram durante o Renascimento. Os mais importantes foram:
na Pintura: Leonardo da Vinci, Michelangelo, Rafael e Ticiano, na Itália; El Greco, na Espanha.
na Escultura: Michelangelo e Donatello, na Itália.
na Arquitetura: Bramante, na Itália.
na Literatura: Camões, em Portugal; Cervantes, na Espanha; Rabelais e Montaigne, na França; Shakespeare, na Inglaterra.
na Astronomia: Copérnico, na Polônia; Kepler, na Alemanha; Galileu, na Itália.
na Medicina: Vesálio, em Flandres; Paré, na França; Servet, na Espanha .

- Conclusão
O Renascimento traz como principais características o florescimento das artes, e um vigoroso despertar de todas as formas de pensamento. A redescoberta da antiga filosofia, da literatura, das ciências e a evolução dos métodos empíricos de conhecimento caracterizam todo este período que inicia-se no século XV e prolonga-se até o séc. XVII. Em oposição ao espírito escolástico e ao conceito metafísico da vida, busca-se uma nova maneira de olhar e estudar o mundo natural. Esse naturalismo vincula-se estreitamente à ciência empírica e utiliza suas descobertas para aplicá-las nas obras de arte. Os novos conhecimentos da anatomia, da fisiologia e da geometria são prontamente incorporados, possibilitando, por exemplo, a representação do volume pelo uso da perspectiva, dos efeitos de luzes e cores. Do ponto de vista filosófico, surge uma nova concepção do mundo e do destino do homem, uma visão mais realista e humana dos problemas morais.

' Renascimento comercial e urbano
Surgem os burgos e a burguesia
.

A Idade Média (476 a 1453) costuma ser conhecida como a época em que a economia européia esteve praticamente estagnada. Essa afirmação é feita porque a maior parte da população vivia nos feudos, que eram grandes áreas cercadas e isoladas uma das outras, com uma economia quase auto-suficiente. Desse modo, costuma-se dizer que o comércio de produtos praticamente desapareceu no período medieval.No entanto, devemos relativizar essa idéia. Durante a Idade Média continuaram a existir profissionais como os artesãos (ferreiros e construtores de máquinas, por exemplo), comerciantes e negociantes. As pessoas não deixaram de adquirir certos equipamentos fundamentais à prática da agricultura (como enxadas e arados), que eram, portanto, fabricados e comercializados. Ainda que essas atividades de comércio tenham sido bastante restritas, numa Europa separada por feudos e ameaçada por guerras entre os povos do continente, isso não significa que elas tenham desaparecido.O período de auge do feudalismo foi o que se costuma chamar de Alta Idade Média (séculos 5 a 10). Mas, a partir do século 10, as coisas começaram a mudar. Diversos fatores ajudam a explicar por que a agricultura deixara de ser a principal atividade econômica, abrindo espaço para o chamado Renascimento comercial, que, a partir do século 11, inaugurou definitivamente a Baixa Idade Média, que se estenderia até o século 15.

Crescimento populacional

Assim, a Europa vivia em meados do século 10 uma relativa época de paz, já que os ataques de um reino a outro haviam diminuído bastante. Essa queda no número de conflitos foi responsável por um considerável aumento populacional: em 300 anos a população da Europa cresceu de 8 milhões para 26 milhões de habitantes. Isso gerou um excedente populacional, que começou a necessitar de mais espaço e a expandir-se para fora dos feudos.Anteriormente, havia a população de comerciantes, negociantes e artesãos que, devido à sua prática profissional itinerante, começaram a se fixar no entorno dos feudos, constituindo, assim, as vilas e burgos. Dessa forma, aqueles que moravam nessas localidades eram conhecidos como burgueses e, ao longo dos séculos, essa denominação passou a denominar os comerciantes e os homens ricos.Com o aumento demográfico na Europa, a população dos burgos foi crescendo também. Isso se dava porque muitos servos acabavam por fugir dos feudos para escapar das imposições da relação servil. Ou ainda, porque aqueles servos que mais causavam problemas aos seus senhores eram expulsos de suas terras, indo engrossar a população das vilas. Assim, essas pequenas localidades começaram a crescer e se tornar importantes concentrações de trabalhadores livres e comerciantes, onde passaram a ser organizadas feiras permanentes, o que resultou no surgimento de inúmeras cidades.

O renascimento das cidades

Como anteriormente a maior parte da Europa era constituída por feudos, esse processo foi chamado de "Renascimento urbano", pois as cidades voltaram a se tornar importantes núcleos econômicos. Ao mesmo tempo, isso indicou também a decadência dos vínculos feudais, pois os moradores da cidade passaram a negociar com os senhores o fim do pagamento de tributos e serviços, através da compra da chamada carta de franquia.O aumento da liberdade política e econômica foi propiciando o aprimoramento do trabalho urbano. Os artesãos, que faziam os produtos consumidos pelos europeus, passaram a ser organizar em entidades para além de suas cidades. Para isso, formaram as guildas e as corporações de ofícios, que eram associações de trabalhadores de determinados profissões. Por exemplo, uma corporação de sapateiros ditava as normas de fabricação de seus produtos e as formas de sua comercialização, a fim de proteger esses profissionais no mercado e propiciar seu lucro.

Desenvolvimento da agricultura

Ainda que tenha favorecido principalmente o comércio, essa expansão espacial pelo continente europeu foi estimulada até pelos nobres feudais. Os donos dos feudos viam seus campos serem esgotados pela exploração contínua e tinham interesse em expandir suas riquezas territoriais. Assim, incentivavam a ocupação de outras áreas por seus servos, que através de outras formas de cultivo (como a utilização rotativa do solo) e do uso de um tipo de arado mais resistente, conseguiram expandir também a produção agrícola, num processo chamado de "Renascimento agrícola".Houve, por sua vez, um outro fator que caminhou paralelamente a esse novo comércio europeu e foi, ao mesmo tempo, o que contribui para que ele se expandisse mais: as Cruzadas. A Igreja católica, aproveitando-se da legião de homens desocupados nos centros urbanos, começou a realizar expedições para além dos limites continentais, dando um outro sentido para a economia medieval.Com a justificativa de conquistar povos para a fé cristã e ao mesmo tempo reconquistar territórios de outros povos, nasceram as Cruzadas, expedições militares e religiosas que foram praticadas durante quase 200 anos, entre os séculos 11 e 13. Foram realizadas oito dessas expedições nesse período, que atravessaram o continente europeu, cruzaram mares e chegaram a outros continentes. Isso fez com as rotas comerciais acompanhassem esse traçado aberto pela cruz e pela espada.

domingo, 1 de novembro de 2009


O renascimento comercial

O renascimento comercial na Idade Média beneficiou principalmente as cidades italianas, alguns dos motivos foram:

♦ Localização geográfica favorável (Mar Mediterrâneo);
♦ Fortalecimento das ligações comerciais com o Oriente, durante a Quarta Cruzada, onde se obteve o direito à distribuição de mercadorias orientais pelo continente europeu.
♦ Na Europa Setentrional, o comércio ampliou-se na região dos mares Báltico e do Norte, destacando-se a região de Flandres, devido a sua produção de lã.
♦ As regiões norte e sul da Europa foram interligadas por rotas terrestres e fluviais criadas pelas atividades comerciais. As feiras eram os locais de compra e venda de produtos dos negociantes. Até o século XIV, as feiras mais importantes eram na região de Champanhe, França.
♦ Esse comércio possibilitou o retorno das transações financeiras, o reaparecimento da moeda, ou seja, deu vida às atividades bancárias. Com isso a terra deixava de ser a única fonte de riqueza e um novo grupo social surgiu, os mercadores ou comerciantes.
Fatores que contribuíram para o renascimento comercial
♦ O esgotamento das terras: com o esgotamento de terras férteis, muitos camponeses se viram sem alternativa de trabalho ou emprego. Por isso o comércio foi uma opção achada por eles para a entrada nas atividades comerciais.
♦ As Cruzadas: ajudaram a expandir as atividades comerciais, pelo menos por três motivos: os cruzados não eram os únicos a irem as expedições cruzadistas, os viajantes mercadores iam juntos, e assim serviam como abastecedores dos peregrinos com seus produtos.
♦ O contato com o Oriente: esse contato fez nascer o gosto pelos artigos luxuosos, nos ocidentais, o qual fez ampliar largamente o consumo destes artigos na Europa.
♦ O enriquecimento dos nobres: estes iam para as Cruzadas, aumentando a riqueza em circulação.
Renascimento urbano

As cidades assumiam papéis diversificados durante o passar dos tempos. Na época do feudalismo, as cidades serviam apenas como centros religiosos e militares além de serem ligadas ao feudo. O crescimento delas só começou a surgir quando o comércio se expandiu.
Na época do feudalismo, o Senhor feudal tinha controle tanto no campo como na cidade. Não havia distinção de cidade e campo. No começo a maioria das cidades eram cercadas por altas muralhas, fazendo assim um núcleo urbano, chamado burgo. Mas com o aumento da população os burgos ultrapassaram os limites das muralhas. Então os habitantes dos burgos passaram a ser os comerciantes e artesãos, também chamados de burgueses. Com o progresso do comércio e do artesanato, o crescimento social da burguesia também foi notado. Estes eram homens livres de laços com senhores feudais.
Mas, a partir do século XI, quando as cidades começaram a crescer e os burgueses aparecer, a situação mudou. Porque agora as cidades tinham ganho prestígio econômico e poder e os burgueses, começaram a buscar sua autonomia em relação ao feudo. Esse movimento de independência das cidades em relação ao feudo é chamado de movimento comunal.
Esse movimento serviu de base para o processo de emancipação de algumas cidades. Poderia ocorrer por duas maneiras: ou era por via pacífica , pagando-se ao senhor feudal; ou pelo uso das armas, através de combate. Se fosse por este meio, havia a união de reis e burgueses, onde as tropas serviam de instrumento de intimidação para os nobres aceitarem a liberdade dos burgos. Esse movimento foi do século XI ao XIII.
As cidades independentes (as comunas), começaram a planejar uma forma de governo - com direito a prefeitos e magistrados - que se encarregavam de administrar e defender tanto as cidades como seus interesses, os burgueses de maior riqueza e poder ocupavam os principais cargos, elaboravam leis, criavam tributos, controlavam os impostos para fazer e manter a construção de obras e claro tinham política própria.
Com todos esses atrativos, as cidades passaram a ser um chamariz para os servos do campo se mudarem para a cidade. Elas passaram a ser encaradas como locais de segurança e liberdade para os que quisessem sair do poder do senhor feudal, embora se comprove que muitos dos camponeses que mudavam do campo para a cidade levavam uma vida difícil, visto que eram considerados trabalhadores desqualificados e ainda mal remunerados.
O Renascimento do Século XII
O Renascimento do século XII consistiu num conjunto de transformações culturais, políticas, sociais, e económicas ocorridas nos povos da Europa ocidental. Nessa época ocorreram eventos de grande repercussão: a renovação da vida urbana, após um longo período de vida rural, girando em torno dos castelos e mosteiros; o movimento das Cruzadas, a restauração do comércio, a emergência de um novo grupo social (os burgueses) e, sobretudo, o renascimento cultural com um forte matiz científico-filosófico, que preparou o caminho para o renascimento italiano, eminentemente literário e artístico.
Antecedentes

Herdeiro da desintegração do Império Romano, o Ocidente Europeu do início da Idade Média era pouco mais que uma colcha de retalhos com populações rurais e tribos bárbaras. A instabilidade política e o definhar da vida urbana golpearam duramente a vida cultural do continente. A Igreja Católica, como única instituição que não se desintegrou juntamente com o extinto império, mantinha o que restava de força intelectual, especialmente através da vida monástica.
Com o tempo a sociedade foi se estabilizando e, em certos aspectos, no século IX o retrocesso causado pelas migrações bárbaras já estava revertido, mas nessa época os pequenos agricultores ainda eram impelidos a se proteger dos inimigos junto aos castelos. Esse cenário começa a mudar mais fortemente com a contenção das últimas ondas de invasões estrangeiras no século X, época em que o sistema feudal começa a ser definido. O período de relativa tranqüilidade que se segue coincide com um período de condições climáticas mais amenas. A partir do ano 1000, o Feudalismo entra em ascensão e leva ao período histórico que dá nome ao presente artigo.
Renascimento do século XII

Nos séculos XI e XII começaram a ocorrer várias mudanças sociais, políticas e econômicas.Evoluções técnicas possibilitaram o cultivo de novas terras e aumentaram a diversidade dos produtos agrícolas, que sustentaram uma população que cresceu rapidamente. O crescimento populacional e o aumento da produtividade agrícola permitiram um fortalecimento da vida urbana. As cidades cresceram e tornaram-se centros de comércio e artesanato, abandonando a sua dependência agrária, em torno dos castelos e dos mosteiros. Muitas cidades européias, chamadas de burgos, acabaram por tornar-se livres das relações servis e do domínio dos nobres (senhores feudais) se transformando em ilhas de capitalismo em um continente feudal. O comércio estava em franca expansão e se impôs como uma das atividades econômicas mais determinantes da sociedade. Surgiu um novo grupo social: os burgueses (habitantes dos burgos), dedicados essencialmente ao comércio. Por motivos políticos, os "burgueses" recebiam frequentemente o apoio dos reis, que muitas vezes estavam em conflito com os outros nobres senhores feudais. Na língua alemã, o ditado Stadtluft macht frei ("O ar da cidade liberta") ilustra este fenômeno.
Com o restabelecimento do comércio com o Oriente Próximo e o desenvolvimento das cidades, começaram a ser minadas as bases da organização feudal. Na medida em que aumentou a demanda de produtos agrícolas para o abastecimento da população urbana, elevou-se o preço dessas mercadorias, permitindo aos camponeses maiores fundos para a compra de sua liberdade. Ao mesmo tempo, a expansão do comércio e da indústria criou novas oportunidades de trabalho, atraindo os servos para as cidades. Esses acontecimentos, aliados à formação dos exércitos profissionais e à insurreição camponesa, contribuíram depois para o declínio do feudalismo europeu, que viveu seu auge nesse período prévio ao renascimento.